A crise climática representa uma ameaça existencial à humanidade. É uma crise civilizacional e está enraizada em nossas economias, políticas e culturas, bem como em nosso modo de ser. É uma questão de justiça global, dadas as disparidades de responsabilidade e impacto entre as regiões do mundo.

A universidade é uma peça-chave no quebra-cabeça da crise climática. Seus múltiplos papéis na educação e na produção de conhecimento a tornam vital para abordar essa questão complexa, em conjunto com outras organizações e grupos. No entanto, uma grande transformação é necessária, dada a cumplicidade histórica do ensino superior com a exploração das comunidades humanas e do mundo natural.

O clima deve ser abordado em todas as diferentes funções da universidade e em todas as suas disciplinas, com vistas a desenvolver novas formas de ação holísticas, interdisciplinares e transdisciplinares.

A pesquisa de ação participativa é um modo importante de trabalho, dada a necessidade de combinar reflexão e ação, e a necessidade de envolver comunidades marginalizadas.

Compartilhar e aprender apesar das diferenças linguísticas e culturais em uma rede internacional é vital para aumentar a eficácia e o impacto da ação climática.